Dean Cain critica novo Superman: “Não mexam nos clássicos”

Ex-intérprete do herói desaprova abordagem imigratória proposta por James Gunn

Nem todos estão satisfeitos com o novo rumo dado ao Superman. Dean Cain, que interpretou o herói na série “Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman” nos anos 1990, criticou duramente a visão de James Gunn, diretor do próximo reboot da franquia. A nova proposta apresenta Clark Kent como um “imigrante e símbolo da América”.

“Até onde pretendem reinventar esse personagem?”, questiona Cain em entrevista recente.
“Por que estão sempre tentando adaptar os heróis ao espírito da época? Por que a Disney está mudando a Branca de Neve? Por que Gunn está reescrevendo o Superman? Antes ele representava ‘verdade, justiça e o modo de vida americano’. Agora é ‘um amanhã melhor’. Mas quem decide o que é esse ‘melhor’?”

A nova visão de Gunn causa controvérsia

James Gunn já declarou que seu filme é “uma história de imigração”, reinterpretando Superman como um alienígena que foge de seu planeta natal e encontra um lar na Terra. Embora o conceito tenha sido bem recebido por parte do público, também gerou reações negativas — especialmente entre figuras mais conservadoras.

Dean Cain, que tem histórico de declarações alinhadas à direita política nos EUA, considera a abordagem de Gunn ideologicamente carregada.

“Se vocês querem criar novos heróis — criem. Mas não destruam os clássicos. Não precisamos arrancar as placas de monumentos para colocar outras no lugar.”

Opiniões fortes sobre imigração

Cain também comentou diretamente sobre a temática imigratória:

“Você não pode chegar aqui e dizer: ‘Quero acabar com todas as leis e transformar os EUA na Somália’. Isso não faz sentido. Você saiu de lá justamente porque as coisas não funcionaram. Todo país precisa de fronteiras razoáveis — sem elas, tudo desmorona.”

Repercussão e risco de rejeição do público

Segundo Cain, mudanças tão radicais podem alienar o público tradicional do Superman e gerar rejeição nas bilheteiras. Embora ainda seja cedo para medir o impacto da nova abordagem, a polêmica reforça a crescente divisão entre visão artística e sensibilidade política dentro da indústria cinematográfica.

A pergunta que fica é:
Deve-se atualizar personagens icônicos para os tempos modernos, ou preservá-los como símbolos culturais do passado?